Cinco monges ingleses relataram ter presenciado um evento extraordinário há quase 800 anos: a formação de uma cratera na Lua. Essa história tem sido passada de geração em geração, sendo um dos primeiros registros de uma observação astronômica feita por humanos. Mas será que essa história é verdadeira?
A Lua sempre foi um objeto fascinante para os seres humanos. Ela está presente em mitos, lendas, poesias e é fonte de inspiração para artistas e cientistas. Desde a antiguidade, temos tentado entender e desvendar seus mistérios. E foi nesse contexto que aconteceu o relato dos monges ingleses.
De acordo com as informações, em 1178, no dia 8 de março, os monges estavam reunidos no claustro de Canterbury, na Inglaterra, quando presenciaram uma grande explosão na Lua. Eles descreveram como se a Lua tivesse sido “partida em duas”, com uma nuvem de poeira e fumaça se espalhando pelo céu.
Essa descoberta foi relatada pelo historiador e monge britânico Gervase de Canterbury, em seu livro “A história da Igreja de Canterbury”, escrito no século XII. Ele descreveu a cratera como sendo visível a olho nu e com cerca de 10 quilômetros de diâmetro.
Mas essa história foi esquecida por muitos séculos e só foi redescoberta em 1945, quando um astrônomo amador chamado Harold Spencer Jones encontrou o relato de Gervase em uma biblioteca. A partir daí, a teoria de que a Lua teria se “partido em duas” foi considerada pelos cientistas.
No entanto, com o avanço da tecnologia e as missões tripuladas à Lua, essa teoria foi colocada em xeque. As crateras na superfície lunar não eram tão grandes quanto a descrita pelos monges e não havia nenhuma evidência de uma grande explosão recente.
Mas em 1976, o astrônomo Jack B. Hartung, da Universidade de Wisconsin, publicou um estudo que trouxe uma nova perspectiva sobre o relato dos monges. Ele sugeriu que pode ter havido um evento de impacto na Lua, onde um cometa ou asteroide pode ter atingido a superfície, criando uma nuvem de poeira e alterando a topografia do local.
Essa teoria foi reforçada em 2011, quando o Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA, captou imagens de uma série de fraturas na Lua, que podem ser indícios de um impacto. Essas fraturas estão localizadas na região que os monges relataram ter visto a cratera.
Apesar de todas as evidências, ainda não há uma confirmação definitiva sobre o evento observado pelos monges ingleses. Alguns cientistas acreditam que pode ter sido um fenômeno natural, como uma erupção vulcânica, que pode ter criado a ilusão de uma cratera.
Porém, independentemente de ser verdade ou não, o relato dos monges ingleses tem um valor histórico e cultural muito importante. Eles foram os primeiros a observar um evento astronômico e registrá-lo, mostrando a importância da ciência em nossa sociedade.
Além disso, esse relato nos lembra da curiosidade e da busca constante do ser humano por respostas sobre o universo. A Lua, que já foi considerada divina em muitas culturas, hoje é um objeto de estudo e exploração científica. E quem sabe um dia, com o avanço da tecnologia, possamos descobrir a verdade sobre o evento observado pelos monges ingleses.
Portanto, podemos concluir que, mesmo que o relato dos monges sobre a formação de uma crater