O mundo está cada vez mais preocupado com a segurança e a estabilidade global, especialmente quando se trata de armas nucleares. E uma das maiores preocupações atualmente é o sistema nuclear russo conhecido como “Mão Morta” (Dead Hand, em inglês). Esse sistema, que pode lançar mísseis automaticamente em caso de um ataque, tem sido motivo de urgência e ação por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O nome “Mão Morta” pode parecer assustador e até mesmo sombrio, mas a sua função é ainda mais preocupante. O sistema foi criado durante a Guerra Fria, na década de 1980, como uma resposta à tecnologia de defesa antimísseis dos Estados Unidos. O objetivo era garantir que, mesmo que a liderança russa fosse destruída em um ataque nuclear, o país ainda teria a capacidade de retaliar e causar danos significativos ao inimigo.
O funcionamento do sistema é simples, mas ao mesmo tempo assustador. Ele consiste em uma rede de sensores que monitoram constantemente qualquer sinal de ataque nuclear contra a Rússia. Caso seja detectado um ataque, o sistema entra em ação e automaticamente lança mísseis nucleares em direção ao inimigo, sem a necessidade de uma ordem direta da liderança russa. Isso significa que, mesmo que os líderes do país estejam mortos, a “Mão Morta” continuará a cumprir sua função de retaliação.
A existência dessa arma nuclear tem sido motivo de preocupação e debate desde a sua criação. Alguns especialistas acreditam que o sistema pode ser facilmente ativado por engano ou por um falso alarme, o que poderia levar a uma guerra nuclear sem controle. Além disso, a falta de controle humano sobre o lançamento dos mísseis é vista como uma ameaça à estabilidade mundial.
Recentemente, a “Mão Morta” voltou a ser destaque na mídia após uma série de testes realizados pela Rússia. Em agosto de 2019, o país testou um míssil de cruzeiro que, segundo o governo russo, pode contornar o sistema de defesa antimísseis dos Estados Unidos. E em outubro do mesmo ano, foi realizado um teste de lançamento de um míssil intercontinental, que foi capaz de atingir seu alvo a mais de 10 mil quilômetros de distância.
Esses testes e a demonstração de poderio militar por parte da Rússia têm preocupado o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em fevereiro de 2019, ele anunciou a retirada dos Estados Unidos do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês), que limitava o desenvolvimento de mísseis nucleares pelos dois países. Trump justificou a decisão afirmando que a Rússia não estava cumprindo o acordo, enquanto a Rússia acusou os Estados Unidos de violarem o tratado.
A preocupação com a “Mão Morta” também levou Trump a propor um novo tratado de controle de armas nucleares entre os Estados Unidos, a Rússia e a China. No entanto, até o momento, a China tem se recusado a participar das negociações.
Diante desse cenário, é compreensível que a existência da “Mão Morta” cause temores e incertezas. No entanto, é importante lembrar que a Rússia não é o único país com esse tipo de sistema de retaliação automática. Os Estados Unidos também possuem um sistema semelhante, chamado “Perímetro”, que foi criado durante a Guerra Fria e continua em funcionamento até hoje.
Além disso, é importante ressaltar que a Rússia tem se mostrado disposta a negociar e manter o