O economista João Duque, em entrevista recente, explicou que o Governo optou por repor a redução fiscal em dois meses, mas que poderia ter sido feito em cinco meses. Segundo ele, as novas tabelas de IRS são um “acerto de contas” com os contribuintes, considerando que se a redução das taxas dos escalões estivesse em vigor desde o início do ano, o imposto a ser cobrado seria maior.
Essa decisão do Governo gerou algumas dúvidas e questionamentos por parte da população, mas Duque esclarece que a escolha de repor em dois meses foi uma forma de estimular a economia e o consumo, já que os contribuintes terão mais dinheiro disponível em seus bolsos. Além disso, ele ressalta que essa medida também é uma forma de compensar os contribuintes pelos aumentos de impostos que ocorreram nos últimos anos.
De acordo com o economista, a redução fiscal é uma forma de incentivar o crescimento econômico, pois quando as pessoas têm mais dinheiro para gastar, isso movimenta a economia e gera mais empregos. No entanto, ele também destaca que é preciso ter cautela para não comprometer as contas públicas e a estabilidade financeira do país.
Sobre as novas tabelas de IRS, Duque explica que elas são um “acerto de contas” com os contribuintes, pois consideram o período em que a redução das taxas dos escalões não estava em vigor. Isso significa que, se a redução tivesse sido implementada desde o início do ano, os contribuintes teriam pago menos impostos e, portanto, agora estão sendo compensados por essa diferença.
O economista também ressalta que essa medida é importante para corrigir distorções no sistema tributário, já que os escalões de IRS não eram atualizados desde 2018. Com a redução das taxas, os contribuintes de rendas mais baixas serão os mais beneficiados, pois terão uma redução maior no imposto a ser pago.
No entanto, Duque alerta que é preciso estar atento às próximas decisões do Governo em relação à política fiscal, pois a redução das taxas de IRS pode gerar um impacto negativo nas contas públicas. Ele sugere que, caso haja necessidade de aumentar a receita, o Governo opte por medidas que não afetem diretamente os contribuintes, como a redução de gastos públicos e o combate à evasão fiscal.
Em relação à possibilidade de uma reforma fiscal mais ampla, o economista acredita que é necessário um debate mais aprofundado sobre o assunto, considerando as diferentes opiniões e interesses envolvidos. Ele destaca que é preciso encontrar um equilíbrio entre a necessidade de aumentar a receita e a importância de não sobrecarregar os contribuintes.
Por fim, João Duque reforça que a redução fiscal em dois meses é uma medida positiva e que deve ser vista como um incentivo ao crescimento econômico e uma forma de compensar os contribuintes pelos aumentos de impostos dos últimos anos. No entanto, é importante que o Governo continue atento às contas públicas e adote medidas responsáveis para garantir a estabilidade financeira do país.
