Nos últimos anos, Portugal tem sido um dos países mais afetados pela crise financeira que assolou a Europa. Com uma dívida pública elevada e uma economia fragilizada, o país teve que recorrer a medidas de austeridade para tentar controlar a situação. No entanto, um economista e autor alemão, Wolfgang Münchau, defende que Portugal deve seguir o exemplo dos países do Norte da Europa e cumprir rigorosamente as regras fiscais, incluindo a contabilização da despesa com a defesa no défice.
Münchau é o autor do livro “Kaput: fim do milagre alemão”, no qual ele analisa a situação económica da Alemanha e de outros países europeus. O economista alemão tem sido um crítico ferrenho das políticas de austeridade impostas pela União Europeia durante a crise financeira, mas agora ele aconselha Portugal a seguir o mesmo caminho que os países do Norte seguiram.
Segundo Münchau, a despesa com a defesa deve ser incluída no cálculo do défice, pois a dívida é um imposto futuro. Em outras palavras, o economista acredita que a dívida é uma forma de imposto que será paga pelas gerações futuras, e, portanto, deve ser levada em conta no cálculo do défice. Esta é uma posição controversa, mas Münchau defende que é a única maneira de garantir que os países cumpram as regras fiscais e evitem uma nova crise financeira.
O economista alemão argumenta que, durante a crise financeira, os países do Norte da Europa, liderados pela Alemanha, impuseram medidas de austeridade rigorosas aos países do Sul, incluindo Portugal. Estas medidas incluíam cortes nos gastos públicos e aumentos de impostos, com o objetivo de reduzir o défice e controlar a dívida pública. No entanto, Münchau acredita que estes países não cumpriram as regras fiscais de forma justa, pois não incluíram a despesa com a defesa no cálculo do défice.
O economista alemão defende que, se a despesa com a defesa tivesse sido contabilizada no défice, os países do Norte teriam tido défices maiores e uma dívida pública mais elevada. Isso teria obrigado esses países a adotar medidas de austeridade ainda mais rigorosas, o que poderia ter levado a uma crise ainda maior. No entanto, Münchau acredita que os países do Norte não quiseram assumir essa responsabilidade e, por isso, impuseram medidas de austeridade aos países do Sul.
Agora, o economista alemão aconselha Portugal a seguir o exemplo dos países do Norte e cumprir rigorosamente as regras fiscais, incluindo a contabilização da despesa com a defesa no défice. Münchau acredita que, se Portugal seguir este caminho, poderá recuperar a sua economia e reduzir a sua dívida pública de forma mais sustentável. Além disso, o economista alemão defende que esta é a única forma de garantir que a União Europeia funcione de forma justa e equilibrada para todos os seus membros.
No entanto, Münchau reconhece que esta não é uma solução fácil e que pode ser impopular entre os portugueses. A inclusão da despesa com a defesa no cálculo do défice pode significar cortes adicionais nos gastos públicos ou aumentos de impostos, o que pode ser difícil de aceitar para uma população já sobrecarregada com medidas de austeridade. No entanto, o economista alemão acredita que