A situação atual entre Israel e Irã está cada vez mais tensa, com os ataques recentes realizados pelo governo israelense em território iraniano. E, segundo a investigadora Maria João Tomás, esses ataques não são apenas uma questão de conflito entre dois países, mas também uma manobra de distração às fragilidades do governo de Netanyahu.
Para a investigadora, os ataques de Israel servem como uma forma de desviar a atenção dos problemas internos que Netanyahu vem enfrentando nos últimos tempos. Desde acusações de corrupção até a falta de apoio político em seu governo, o Primeiro Ministro israelense está enfrentando uma série de desafios que podem enfraquecer sua posição no poder. E, diante dessas dificuldades, os ataques contra o Irã servem como uma forma de desviar o foco e mostrar uma imagem de força e liderança para o povo de Israel.
No entanto, a estratégia de distração pode não ser apenas uma manobra interna, mas também uma forma de pressionar o regime do Irã. Segundo Maria João Tomás, se o aiatolá Khamenei não der uma resposta forte aos ataques de Israel, o país corre o risco de sofrer uma mudança de regime. Isso porque, além de demonstrar uma fraqueza perante seu povo, o Irã também pode perder o apoio de outros países e enfrentar consequências econômicas severas.
A investigadora acredita que Israel está aproveitando a instabilidade política do Irã para intensificar sua ofensiva. Com o país enfrentando protestos internos e pressões externas, o governo iraniano pode não ter recursos suficientes para responder de forma contundente aos ataques israelenses. E, assim, a mudança de regime pode se tornar uma realidade, com impactos significativos não apenas no Oriente Médio, mas também no cenário internacional.
No entanto, Maria João Tomás também ressalta que o resultado pode não ser exatamente o que Israel espera. Uma mudança de regime no Irã pode levar ao fortalecimento de grupos mais radicais e hostis ao Estado de Israel. Além disso, a substituição do atual governo iraniano pode gerar ainda mais instabilidade na região, o que não é do interesse de nenhum país.
Diante desse cenário, a investigadora defende a importância de encontrar soluções pacíficas e diplomáticas para os conflitos entre Israel e Irã. Segundo ela, é preciso ter em mente que a guerra não é a resposta e pode trazer consequências desastrosas para ambos os lados. Além disso, é importante que a comunidade internacional atue de forma efetiva para evitar uma escalada de violência e buscar soluções que promovam a paz e a estabilidade na região.
Portanto, a posição de Maria João Tomás é de que os recentes ataques de Israel contra o Irã são uma manobra de distração para encobrir as fragilidades internas do governo de Netanyahu. E, ao mesmo tempo, são uma forma de pressionar o regime iraniano e buscar uma mudança de regime. No entanto, a investigadora alerta para os possíveis desdobramentos negativos dessa estratégia e ressalta a importância de buscar soluções pacíficas e diplomáticas para os conflitos entre os dois países. Afinal, a guerra nunca é a solução e pode trazer consequências desastrosas para todos os envolvidos.