Recentemente, o programa Liga de FIIs, do InfoMoney, trouxe um importante debate sobre os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e os Fundos de Investimento Imobiliário de Papel (FIIs). O tema foi abordado com a participação de Danilo Bastos, da Ticker Research, que esclareceu dúvidas e trouxe informações relevantes sobre a nova regra que pode afetar esses investimentos. Mas afinal, o que são os CRIs e como essa nova regra pode impactar os FIIs de papel?
Os CRIs são títulos de renda fixa lastreados em recebíveis imobiliários, ou seja, são uma forma de financiamento para projetos do mercado imobiliário. São considerados investimentos de baixo risco, já que são garantidos por imóveis ou outros ativos de valor. Já os FIIs de papel são fundos de investimento que aplicam seus recursos em CRIs, possibilitando que os investidores tenham uma participação indireta em empreendimentos imobiliários.
Mas o que mudou? A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou a Instrução CVM 588, que altera as regras para a emissão e distribuição de CRIs. Anteriormente, somente instituições financeiras podiam ser emissoras desses títulos, porém, com a nova regra, outras companhias com atividades relacionadas ao mercado imobiliário também poderão emitir CRIs. Isso significa que empresas de construção, incorporação, loteamento, entre outras, poderão utilizar essa modalidade de financiamento.
Com a possibilidade de mais empresas emitirem CRIs, surge a preocupação sobre possíveis riscos para os FIIs de papel. No entanto, Danilo Bastos tranquiliza os investidores ao afirmar que a nova regra não deve afetar negativamente esses fundos. Segundo ele, os FIIs de papel são bem constituídos e têm um processo rigoroso de seleção dos ativos em que irão investir, garantindo a qualidade e segurança dos CRIs adquiridos.
Além disso, a diversificação dos ativos também é um fator importante a ser considerado. Os FIIs de papel possuem uma carteira composta por diversos CRIs de diferentes empreendimentos, o que minimiza os riscos e possibilita uma rentabilidade mais estável ao longo do tempo.
Outro ponto a ser destacado é que os FIIs de papel são regulamentados pela CVM e fiscalizados pela BM&FBOVESPA, o que garante transparência e proteção aos investidores. Além disso, é importante lembrar que os FIIs de papel são fundos de investimento, ou seja, são geridos por profissionais qualificados e experientes, que têm como objetivo maximizar os resultados para os cotistas.
Então, podemos concluir que a nova regra da CVM não deve ser vista como uma ameaça aos FIIs de papel, mas sim como uma oportunidade de expansão do mercado de CRIs. A entrada de novas empresas como emissores pode ampliar a oferta desses títulos e, consequentemente, aumentar a liquidez dos FIIs de papel. Além disso, essa mudança pode trazer mais diversificação para a carteira desses fundos, possibilitando uma maior rentabilidade para os investidores.
É importante ressaltar que, como em qualquer investimento, é fundamental ter uma estratégia bem definida e buscar informações atualizadas e confiáveis antes de tomar decisões. Os FIIs de papel são uma opção interessante para quem busca diversificar sua carteira e obter uma renda passiva com baixo risco. Porém, é necessário analisar o histórico e a gestão dos fundos antes de investir.
Em resumo, a participação de Danilo Bastos no programa Liga de FIIs trouxe esclarecimentos importantes sobre a nova regra da CVM e suas possíveis consequ