Gustavo Medeiros, sócio e gestor da Ashmore, uma das maiores gestoras de investimentos em mercados emergentes do mundo, tem defendido a necessidade de um ajuste na economia brasileira através do câmbio e das tarifas. Em sua opinião, a atual política fiscal do país tem favorecido as empresas, mas tem causado desequilíbrio macroeconômico.
Medeiros acredita que o Brasil precisa adotar medidas para corrigir o desequilíbrio em suas contas públicas, que tem sido um dos principais fatores para a desvalorização do real frente ao dólar. Segundo ele, a política fiscal expansionista dos últimos anos tem gerado um aumento da dívida pública e um déficit nas contas externas, o que tem pressionado o câmbio e afetado a competitividade da economia brasileira.
Para o gestor da Ashmore, a solução para esse problema está em um ajuste via câmbio e tarifas. Ele acredita que uma desvalorização maior do real seria benéfica para o país, pois tornaria os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional e estimularia as exportações. Além disso, ele defende a adoção de tarifas para proteger a indústria nacional e reduzir o déficit comercial.
Medeiros destaca que essa estratégia já foi adotada com sucesso em outros países emergentes, como a China, que conseguiu impulsionar sua economia através de uma política cambial e tarifária favorável. Ele também ressalta que, apesar de serem medidas impopulares, são necessárias para equilibrar a economia e garantir um crescimento sustentável no longo prazo.
O gestor da Ashmore também comenta sobre a situação dos Estados Unidos, que adotou uma política fiscal expansionista nos últimos anos, mas de forma diferente do Brasil. Enquanto no Brasil os gastos públicos aumentaram, nos EUA houve uma redução de impostos para as empresas, o que impulsionou o crescimento econômico. No entanto, Medeiros alerta que essa estratégia pode gerar desequilíbrios futuros, como o aumento da dívida pública e a dependência das empresas em relação aos incentivos fiscais.
Para Medeiros, a política fiscal brasileira tem favorecido as empresas em detrimento da economia como um todo. Ele destaca que, apesar de terem sido beneficiadas com a redução de impostos e incentivos fiscais, muitas empresas não têm conseguido se manter competitivas no mercado internacional. Além disso, a alta carga tributária tem sido um entrave para o crescimento e investimento no país.
O gestor da Ashmore também aponta que, apesar de a economia brasileira ter crescido nos últimos anos, esse crescimento foi pautado principalmente pelo consumo interno e não pela produção e exportação. Isso tem gerado um desequilíbrio nas contas externas e uma dependência do país em relação às importações.
Medeiros acredita que é preciso repensar a política fiscal brasileira e buscar um equilíbrio entre o estímulo ao consumo interno e o incentivo à produção e exportação. Ele defende que a adoção de medidas como o ajuste via câmbio e tarifas pode ser uma solução para esse problema, além de ajudar a atrair investimentos estrangeiros para o país.
Em resumo, o gestor da Ashmore defende a necessidade de um ajuste na economia brasileira através do câmbio e das tarifas, visando corrigir o desequilíbrio macroeconômico e estimular o crescimento sustentável no longo prazo. Ele destaca que essas medidas podem ser impopulares, mas são necessárias para garantir a competitividade e o desenvolvimento do país. Resta agora aguardar para ver se ess