Segundo estimativas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Portugal apresentava em 2024 gastos em defesa equivalentes a 1,55% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse número coloca o país como um dos oito membros da organização que estão abaixo do acordo de destinar pelo menos 2% do PIB para a defesa. No entanto, é importante destacar que, apesar de estar abaixo da meta estabelecida, Portugal tem demonstrado um forte comprometimento com a defesa e a segurança internacional.
A NATO é uma aliança militar formada por 30 países, incluindo Portugal, que tem como objetivo principal garantir a paz e a segurança no Atlântico Norte. Desde a sua criação em 1949, a organização tem sido um símbolo de cooperação e solidariedade entre as nações membros, que trabalham juntas para enfrentar ameaças comuns e promover a estabilidade mundial.
A questão dos gastos em defesa é um tema recorrente dentro da NATO, especialmente porque os Estados Unidos têm pressionado os países membros a aumentarem suas contribuições. Em 2014, durante a Cúpula de Gales, os líderes da organização concordaram em destinar pelo menos 2% do PIB para a defesa até 2024. Essa meta foi estabelecida devido às preocupações com a segurança global, incluindo as ameaças cibernéticas, o terrorismo e as ações agressivas de países como a Rússia.
No entanto, é importante ressaltar que a contribuição para a defesa não se resume apenas aos gastos em equipamentos e infraestrutura militar. A NATO também leva em consideração outros fatores, como o envolvimento em missões internacionais de paz e segurança, a capacidade de resposta a emergências e a cooperação em programas de treinamento e desenvolvimento militar.
Nesse sentido, Portugal tem se mostrado um membro ativo e comprometido com a NATO. O país tem participado de diversas missões internacionais, como a Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão (ISAF) e a Missão de Treinamento da União Europeia (EUTM) na República Centro-Africana. Além disso, Portugal é um dos principais contribuintes da NATO em termos de tropas e equipamentos militares.
Além disso, Portugal tem investido em programas de modernização e capacitação de suas Forças Armadas, com destaque para a Marinha e a Força Aérea. Em 2019, foi aprovado o Plano de Programação Militar 2019-2030, que prevê investimentos de cerca de 4,7 bilhões de euros em equipamentos e infraestrutura militar. Entre os principais projetos estão a aquisição de novos navios, submarinos e a modernização dos caças F-16.
Outro aspecto importante a ser considerado é o papel de Portugal na segurança marítima. Como país com uma grande extensão de costa e uma posição estratégica no Oceano Atlântico, Portugal tem sido um parceiro fundamental da NATO no combate às ameaças marítimas, como o tráfico de drogas e a pirataria. Além disso, o país tem se destacado em operações de busca e salvamento no mar e no monitoramento de rotas de navegação.
Apesar de ainda estar abaixo da meta estabelecida pela NATO, Portugal tem mostrado um compromisso real e concreto com a defesa e a segurança internacional. O país tem desempenhado um papel fundamental nas missões e operações da organização, além de investir em seu próprio desenvolvimento militar. Além disso, é importante lembrar que a contribuição para a defesa não deve ser medida apenas em números, mas também em ações e parcerias que fortalecem a aliança e prom