O mundo moderno trouxe consigo uma série de mudanças e avanços tecnológicos que facilitaram a nossa comunicação e nos conectaram com pessoas de diferentes partes do mundo. No entanto, junto com essas facilidades, também surgiram novas formas de relacionamento, que muitas vezes podem ser superficiais e fugazes. Diante disso, o filósofo Mario Sergio Cortella discutiu no programa CNN Sinais Vitais a diferença entre amigos reais e conexões superficiais, ressaltando a importância de cultivar relações genuínas em nossas vidas.
Com o advento das redes sociais, é comum vermos pessoas com centenas ou até milhares de “amigos” virtuais. No entanto, Cortella questiona se essas conexões são realmente amizades verdadeiras ou apenas uma ilusão de amizade. Ele destaca que a palavra “amigo” tem sido banalizada e usada de forma indiscriminada, perdendo seu verdadeiro significado.
O filósofo ressalta que a amizade é uma relação de afeto, confiança e reciprocidade, que envolve um investimento de tempo e energia para construir e manter. Ao contrário das conexões superficiais, que muitas vezes são baseadas apenas em interesses momentâneos ou em uma imagem idealizada que as pessoas querem passar nas redes sociais.
Cortella enfatiza que a amizade verdadeira é um tesouro precioso e que deve ser cultivada com cuidado e dedicação. Ele cita o filósofo Aristóteles, que afirmava que “a amizade é uma alma em dois corpos”. Ou seja, é uma relação que vai além da superficialidade e envolve uma conexão profunda entre duas pessoas.
Um dos principais problemas das conexões superficiais é que elas podem nos deixar isolados e solitários, mesmo estando rodeados de “amigos” virtuais. Isso acontece porque essas relações não oferecem o suporte emocional e a troca de experiências que uma amizade verdadeira proporciona. Além disso, as redes sociais muitas vezes nos levam a comparar nossas vidas com as de outras pessoas, o que pode gerar sentimentos de inadequação e insatisfação.
Cortella também destaca que as conexões superficiais podem nos impedir de desenvolver habilidades importantes para a vida, como a empatia e a capacidade de lidar com conflitos. Nas redes sociais, é comum vermos pessoas se escondendo atrás de uma tela para expressar suas opiniões e evitando o contato pessoal e a resolução de conflitos de forma saudável.
Por outro lado, a amizade verdadeira nos desafia a sair da nossa zona de conforto e a nos relacionarmos com pessoas diferentes de nós, o que nos ajuda a crescer e evoluir como seres humanos. Além disso, os amigos reais nos apoiam nos momentos difíceis e nos incentivam a sermos melhores.
O filósofo também ressalta que a amizade verdadeira é uma via de mão dupla, que exige reciprocidade e comprometimento de ambas as partes. É preciso estar presente, ouvir, compartilhar e se importar com o outro para construir uma amizade verdadeira e duradoura.
Por fim, Cortella nos convida a refletir sobre nossas relações e a valorizar as amizades verdadeiras em nossas vidas. Ele nos lembra que a tecnologia é uma ferramenta que pode nos aproximar, mas que não pode substituir o contato humano e a conexão genuína entre as pessoas.
Portanto, é importante que busquemos cultivar relações reais e significativas em nossas vidas, investindo tempo e energia em amizades verdadeiras. Pois, como diz o ditado, “amigos são a família que escolhemos” e eles são ess