Francisco Mota Saraiva é um jovem escritor português que está ganhando destaque no mundo literário. Em março deste ano, ele lançou seu primeiro livro, intitulado “O Sol nas Costas”, com o qual venceu o prestigiado Prêmio José Saramago. Mas esta não foi sua primeira conquista literária, em 2018 ele também foi premiado como Revelação Agustina Bessa-Luís. Com apenas 28 anos, Francisco já tem seu talento reconhecido por grandes nomes da literatura e sonha em um dia dedicar-se inteiramente à escrita.
Nascido e criado no pequeno vilarejo de Prado, no norte de Portugal, Francisco teve sua paixão pela literatura despertada desde muito cedo. Ele se recorda de passar horas lendo os livros da biblioteca local e de escrever suas próprias histórias no caderno que sua mãe lhe dava todo ano no Natal. Seu talento foi incentivado pelos pais, que sempre o apoiaram em suas escolhas e sonhos.
Após concluir o ensino médio, Francisco decidiu estudar Direito na Universidade de Coimbra, onde também teve a oportunidade de participar de um programa de intercâmbio em Madrid. A área jurídica, segundo ele, sempre lhe despertou interesse, mas a escrita nunca deixou de ser sua verdadeira paixão. Por isso, ele concilia sua carreira como consultor e jurista com a produção de seus livros.
Em 2017, Francisco inscreveu-se no Prêmio Literário José Saramago com seu primeiro romance, “O Sol nas Costas”. Para ele, foi uma decisão puramente emocional, já que a data de inscrição coincidia com o aniversário de falecimento de seu avô, que também era um grande apaixonado por literatura. O livro conta a história de Américo, um jovem que se muda para a cidade grande em busca de uma vida melhor, mas é confrontado com desafios e dilemas que o levam a questionar suas escolhas.
A escolha do título, segundo o autor, tem um significado muito especial. “O Sol nas Costas” simboliza a sensação de estar sobrecarregado, de ter um peso, uma responsabilidade sobre si. É algo que muitos jovens, como Américo, sentem ao sair de suas cidades natais em busca de seus sonhos. E também foi algo que o próprio Francisco experimentou, ao decidir estudar fora de sua terra natal.
O júri do Prêmio José Saramago viu no livro de Francisco uma linguagem fluída e envolvente, capaz de prender o leitor desde as primeiras páginas. A narrativa sensível e as reflexões sobre a vida e as escolhas do protagonista também foram elogiadas. Em seu discurso de agradecimento, Francisco destacou a importância de incentivar e valorizar os jovens escritores, e agradeceu às pessoas que o apoiaram e o ajudaram a realizar seu sonho de publicar um livro.
Além do Prêmio José Saramago, “O Sol nas Costas” também recebeu o Prêmio Revelação Agustina Bessa-Luís, em 2018. O livro foi escolhido entre mais de 200 obras inscritas e avaliadas pelo júri, que destacou a originalidade e a qualidade literária da obra de Francisco. A premiação é uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com a revista Visão e a editora Babel.
Ao falar sobre suas conquistas literárias, Francisco não esconde a emoção e o sentimento de gratidão. Ele acredita que, apesar de sempre ter sonhado em ser um escritor, nunca imaginou que isso pudesse se tornar uma realidade tão cedo. “É uma sensação indescritível ver meu