Sistema de IA criado na UFRJ estimou vida útil de equipamentos e garantiu a renovação da licença de operação da usina nuclear Angra 1
No mundo atual, a inteligência artificial (IA) tem se mostrado como uma aliada poderosa em diversas áreas, auxiliando empresas e governos a tomarem decisões mais eficientes e precisas. E em um dos setores mais complexos e sensíveis, a IA também vem dando sua contribuição: a indústria nuclear.
Recentemente, a usina nuclear Angra 1, localizada no litoral sul do Rio de Janeiro, contou com a ajuda de um sistema de IA criado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para ter sua licença de operação renovada. O sistema foi capaz de estimar a vida útil dos equipamentos críticos da usina, trazendo mais segurança e confiabilidade às operações.
A usina Angra 1, que fornece energia elétrica para cerca de 1,3 milhão de pessoas, está em operação desde 1985. No entanto, devido ao envelhecimento dos equipamentos, sua licença de operação estava ameaçada. Foi então que a Eletrobras Eletronuclear, responsável pela usina, decidiu buscar auxílio da UFRJ para lidar com esse desafio.
O sistema de IA desenvolvido pelos pesquisadores da universidade analisou dados coletados ao longo dos anos sobre o funcionamento dos equipamentos da usina. A partir desses dados, a IA foi capaz de identificar padrões e realizar previsões sobre o tempo restante de vida útil de cada componente, fornecendo informações valiosas para as equipes responsáveis pela manutenção e troca de peças.
O trabalho foi tão bem-sucedido que a previsão de vida útil realizada pela IA se mostrou mais precisa do que a prevista pelos próprios fabricantes dos equipamentos. Com a análise dos dados coletados, a IA conseguiu identificar que alguns componentes poderiam ter sua vida útil estendida, enquanto outros precisavam de substituição imediata.
Essa precisão foi fundamental para garantir a renovação da licença de operação da usina Angra 1, que agora pode permanecer em atividade por mais 20 anos, até 2045. Além de trazer economia para a Eletrobras Eletronuclear, que poderia ter gastos desnecessários com a troca de equipamentos antes do tempo, a utilização da IA também garante mais segurança para o funcionamento da usina, evitando possíveis acidentes.
Para os pesquisadores envolvidos no desenvolvimento do sistema de IA, essa conquista é fruto de um trabalho árduo e da união de conhecimentos e tecnologias de diferentes áreas. Segundo eles, essa é mais uma comprovação de que a inteligência artificial pode ser aplicada com sucesso em áreas extremamente complexas e que demandam alta precisão, como é o caso da indústria nuclear.
Além disso, esse avanço brasileiro na área de IA também demonstra a importância de investimentos em pesquisa e desenvolvimento no país. Com o apoio de instituições e órgãos financiadores, é possível continuar avançando em tecnologias cada vez mais inovadoras, beneficiando diversos setores e trazendo impactos positivos para a sociedade.
Portanto, a renovação da licença de operação da usina Angra 1, graças à utilização de um sistema de IA criado na UFRJ, é um exemplo inspirador do potencial e da importância da inteligência artificial em nossa sociedade. A tecnologia está em constante evolução e, sem dúvidas, continuará sendo uma aliada fundamental na realização de tarefas cada vez mais complexas e impactantes.