O Banco de Portugal (BdP) divulgou nesta sexta-feira, dia 17 de setembro, os dados referentes ao rácio de endividamento das famílias portuguesas no segundo trimestre de 2021. De acordo com esses dados, o rácio de endividamento das famílias portuguesas caiu para 98,1%, em comparação com os 100,3% registados no mesmo período de 2020 e os 96,3% do trimestre anterior.
Esses números revelam uma tendência positiva e indicam uma melhoria na situação financeira das famílias portuguesas. Essa queda no rácio de endividamento é resultado de uma combinação de fatores, como a recuperação económica do país, as medidas de apoio às famílias implementadas pelo governo e a gestão responsável do crédito por parte das instituições financeiras.
A queda no rácio de endividamento é um reflexo direto da retoma económica que Portugal tem vindo a registar. Com a gradual reabertura da economia e o aumento da atividade económica, muitas famílias conseguiram retomar as suas fontes de rendimento, o que lhes permitiu fazer face às suas despesas e reduzir o seu nível de endividamento.
Além disso, o governo português implementou várias medidas de apoio às famílias durante a pandemia, como o lay-off simplificado, o apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores e o apoio ao pagamento de rendas. Essas medidas ajudaram a aliviar o peso das despesas das famílias e a reduzir o seu nível de endividamento.
Outro fator importante a destacar é a gestão responsável do crédito por parte das instituições financeiras. Com a crise económica causada pela pandemia, muitas famílias recorreram a empréstimos para fazer face às suas despesas. No entanto, as instituições financeiras tiveram um papel fundamental na concessão de crédito de forma responsável, evitando o endividamento excessivo das famílias.
É importante ressaltar que a redução do rácio de endividamento não significa que as famílias portuguesas deixaram de ter dívidas. Ainda existem muitas famílias com dificuldades financeiras e que precisam de apoio para conseguir pagar as suas dívidas. No entanto, essa queda no rácio de endividamento é um sinal positivo e mostra que as famílias estão a conseguir gerir melhor as suas finanças e a reduzir o seu nível de endividamento.
Além disso, essa melhoria na situação financeira das famílias portuguesas é benéfica para a economia do país como um todo. Com um menor nível de endividamento, as famílias têm mais capacidade para consumir e investir, o que contribui para o crescimento económico e a criação de empregos.
No entanto, é importante que as famílias continuem a adotar uma gestão responsável das suas finanças e evitem contrair dívidas excessivas. É fundamental manter um equilíbrio entre o rendimento e as despesas, evitando cair em situações de endividamento insustentável.
O BdP também alerta para a importância de uma maior diversificação das fontes de rendimento das famílias. Com a pandemia, muitas famílias perderam os seus empregos ou tiveram uma redução significativa nos seus rendimentos. Por isso, é importante que as famílias tenham outras fontes de rendimento, como investimentos ou negócios próprios, para garantir uma maior estabilidade financeira.
Em suma, os dados divulgados pelo Banco de Portugal mostram uma melhoria na situação financeira das famílias portuguesas