A isenção de Imposto de Renda (IR) nas Letras de Crédito Imobiliárias (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) é um atrativo bastante conhecido pelos investidores brasileiros. A possibilidade de investir em ativos com rentabilidade atrativa e, ao mesmo tempo, ficar livre da cobrança de IR é um incentivo para aqueles que buscam uma alternativa de investimento de baixo risco.
No entanto, esse cenário pode estar prestes a mudar. Com a proposta de reforma tributária em discussão no Congresso Nacional, a expectativa é que as LCIs e LCAs também passem a ser tributadas a partir de 2026. Essa possibilidade tem levado os investidores a anteciparem suas decisões e a buscarem alternativas para garantir a isenção do IR em seus investimentos.
Essa corrida por ativos que ainda estão isentos de IR tem impulsionado a demanda por LCIs e LCAs e, consequentemente, feito com que os spreads (diferença entre a taxa de captação do banco e a taxa de remuneração do investidor) caiam ao menor nível desde o início de 2024. Isso significa que os investidores estão conseguindo negociar taxas mais atrativas e, consequentemente, obter uma maior rentabilidade em seus investimentos.
Essa movimentação tem sido observada principalmente em bancos médios, que oferecem taxas mais competitivas em suas LCIs e LCAs. Essas instituições financeiras têm se destacado por oferecerem prazos mais longos e taxas mais altas, o que tem atraído a atenção dos investidores que buscam obter uma maior rentabilidade em seus investimentos.
Além disso, outro fator que tem impulsionado a demanda por LCIs e LCAs é a tendência de queda da taxa básica de juros, a Selic. Com a inflação controlada e a economia em recuperação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central tem sinalizado uma possível redução da Selic nos próximos meses. Isso significa que os investimentos em renda fixa, como as LCIs e LCAs, tendem a se tornar ainda mais atrativos para os investidores, já que a Selic serve como referência para a rentabilidade desses ativos.
Além disso, com a expectativa da possível tributação das LCIs e LCAs a partir de 2026, os investidores têm buscado diversificar suas carteiras e investir em outros ativos que também podem proporcionar rentabilidade interessante e, ao mesmo tempo, terem uma tributação menor.
Nesse sentido, os fundos imobiliários têm se destacado como uma alternativa para os investidores que buscam diversificar suas carteiras e obterem uma maior rentabilidade. Esses fundos são formados por um grupo de investidores que aplicam seus recursos em empreendimentos imobiliários, como edifícios comerciais, shoppings e galpões logísticos, por exemplo. Com a valorização desses imóveis e a distribuição de rendimentos mensais, os fundos imobiliários têm se mostrado uma opção atraente para os investidores.
Além disso, os fundos imobiliários também oferecem a vantagem da tributação diferenciada. Enquanto as LCIs e LCAs podem passar a ser tributadas a partir de 2026, os fundos imobiliários continuam isentos de IR sobre os rendimentos distribuídos mensalmente. Dessa forma, os investidores conseguem obter uma rentabilidade maior em seus investimentos, mesmo com a possível tributação das LCIs e LCAs.
Outra opção que vem ganhando espaço entre os investidores são os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). Ess