A indústria de medicamentos genéricos em Portugal vem crescendo nos últimos anos, oferecendo opções mais acessíveis e eficazes para a população. No entanto, uma nova diretiva da União Europeia pode impactar negativamente a produção desses medicamentos no país.
A Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos (APOGEN) alerta que algumas moléculas utilizadas na produção de medicamentos genéricos podem deixar de ser viáveis devido à nova Diretiva de Tratamento de Águas Residuais Urbanas, aprovada recentemente pela União Europeia. Essa diretiva visa melhorar a qualidade da água e reduzir a poluição, mas pode ter consequências não intencionais para a indústria de genéricos em Portugal.
Segundo a APOGEN, a nova diretiva exige um tratamento mais rigoroso das águas residuais, o que pode aumentar os custos de produção dos medicamentos que utilizam moléculas específicas. Isso pode levar à descontinuação de alguns genéricos, já que as empresas não terão condições financeiras de produzi-los.
Essa situação preocupa a associação, já que os medicamentos genéricos são uma opção mais acessível para a população e representam uma economia significativa para o sistema de saúde português. Além disso, a indústria de genéricos é responsável por uma parte significativa das exportações do país, gerando empregos e contribuindo para a economia nacional.
A APOGEN está em contato com as autoridades portuguesas e europeias para encontrar uma solução que não comprometa a produção de medicamentos genéricos no país. A associação ressalta que é importante equilibrar a necessidade de melhorar a qualidade da água com a manutenção do acesso a medicamentos essenciais para a população.
A diretiva em questão também preocupa outras indústrias, como a de produtos de limpeza e cosméticos, que utilizam as mesmas moléculas presentes nos medicamentos genéricos. A APOGEN destaca que é essencial encontrar uma solução conjunta para garantir a continuidade da produção desses produtos e evitar possíveis impactos negativos para a economia e a saúde da população.
Apesar da preocupação, a APOGEN acredita que a situação será resolvida de forma colaborativa entre as empresas, as autoridades e as entidades reguladoras. A associação também ressalta que o setor de genéricos é um dos mais inovadores e competitivos do país, e continuará trabalhando para oferecer medicamentos de qualidade a preços mais acessíveis.
Além disso, a APOGEN destaca que a nova diretiva pode trazer oportunidades para a indústria de genéricos, como o incentivo ao desenvolvimento de moléculas alternativas e mais sustentáveis. A associação está atenta às mudanças e comprometida em contribuir para um futuro mais saudável e sustentável para todos.
É importante lembrar que os medicamentos genéricos passam por rigorosos testes de qualidade e são aprovados pelas autoridades reguladoras antes de chegarem ao mercado. São uma opção segura e eficaz, que permite o acesso a tratamentos essenciais para a população.
Portanto, a APOGEN e a indústria de genéricos em Portugal estão confiantes de que a situação será resolvida de forma positiva e que a produção desses medicamentos continuará sendo uma realidade no país. A associação reforça seu compromisso em oferecer opções mais acessíveis e de qualidade para a população, contribuindo para a saúde e o bem-estar de todos.