A eutanásia é um tema controverso e delicado, que tem sido discutido há décadas em todo o mundo. A possibilidade de uma pessoa decidir sobre o seu próprio fim de vida tem sido alvo de debates acalorados e opiniões divergentes. No entanto, recentemente, a eutanásia entrou na campanha eleitoral em Portugal, pela mão do Bloco de Esquerda (BE), que pela primeira vez, fez um apelo direto ao voto útil a 18 de maio.
O BE é um partido político português de esquerda, que tem como uma das suas principais bandeiras a legalização da eutanásia. Desde a sua fundação, em 1999, o partido tem lutado pela defesa dos direitos humanos e pela igualdade de oportunidades, e a eutanásia é uma das questões que tem sido alvo de maior destaque nas suas propostas políticas.
No entanto, foi apenas em 2018 que o BE apresentou um projeto de lei para a legalização da eutanásia em Portugal. O projeto foi discutido e votado no Parlamento, mas acabou por ser chumbado com os votos contra do Partido Socialista (PS), do Partido Social Democrata (PSD), do Partido Comunista Português (PCP) e do Partido Popular (CDS-PP). No entanto, o BE não desistiu da sua luta e, nas eleições legislativas de 2019, voltou a incluir a legalização da eutanásia no seu programa eleitoral.
Agora, nas eleições presidenciais de 2021, o BE decidiu fazer um apelo direto ao voto útil a 18 de maio, data em que se realiza a segunda volta das eleições. O partido defende que é fundamental eleger um Presidente da República que esteja comprometido com a legalização da eutanásia, para que esta possa finalmente ser aprovada no Parlamento.
Para o BE, a legalização da eutanásia é uma questão de direitos humanos e de dignidade. O partido acredita que cada pessoa deve ter o direito de decidir sobre o seu próprio corpo e sobre o seu próprio fim de vida, sem ser criminalizada por isso. Além disso, a legalização da eutanásia permitirá que as pessoas em sofrimento possam ter uma morte digna e sem dor, acompanhadas pelos seus entes queridos.
No entanto, o apelo do BE ao voto útil a 18 de maio não foi bem recebido por todos. Alguns críticos acusam o partido de estar a usar a eutanásia como uma estratégia eleitoral, em vez de se focar em outras questões mais urgentes e relevantes para o país. Além disso, há quem defenda que a legalização da eutanásia pode abrir portas para o abuso e a pressão sobre pessoas mais vulneráveis.
Apesar das críticas, o BE continua a defender a sua posição e a lutar pela legalização da eutanásia em Portugal. E, independentemente do resultado das eleições presidenciais, o partido promete continuar a trabalhar para que esta questão seja discutida e aprovada no Parlamento.
É importante lembrar que a eutanásia é um tema complexo e que deve ser debatido com seriedade e respeito. É fundamental ouvir todas as opiniões e considerar todos os argumentos antes de tomar uma decisão tão importante. E, acima de tudo, é preciso ter em mente que a legalização da eutanásia não é uma obrigação, mas sim uma opção para aqueles que desejam ter um fim de vida digno e sem sofrimento.
Em suma, a eutanásia entrou na campanha eleitoral em Portugal pela mão do Bloco de Esquerda, que defende a sua