No último sábado, dia 12 de junho, uma manifestação contra a violência sexual na academia foi realizada no Porto, em Portugal. O protesto, organizado pela Associação de Estudantes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (AEFEUP), reuniu centenas de estudantes e membros da comunidade acadêmica, que exigiram a punição dos acusados de assédio sexual dentro da instituição.
A manifestação foi motivada por uma série de denúncias de assédio sexual que vieram à tona nas últimas semanas, envolvendo membros da AEFEUP. Segundo relatos, o presidente da associação e o tesoureiro foram acusados de assédio por alunas da faculdade. Diante dessas acusações, os dois membros da AEFEUP decidiram renunciar aos seus cargos.
A manifestação teve início na Praça dos Leões, no centro do Porto, e seguiu em direção à Reitoria da Universidade do Porto. Os manifestantes carregavam cartazes e faixas com mensagens como “Não ao assédio na academia” e “Justiça para as vítimas”. Além disso, foram entoados gritos de ordem pedindo o fim da cultura do silêncio e da impunidade em casos de violência sexual.
Durante o percurso, os manifestantes também fizeram uma parada em frente à sede da AEFEUP, onde exigiram que a associação se pronunciasse sobre as denúncias de assédio. Em resposta, a AEFEUP emitiu um comunicado oficial, no qual repudiou veementemente qualquer tipo de violência sexual e se comprometeu a tomar medidas para garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos os estudantes.
A manifestação contou com a presença de representantes de outras associações de estudantes, bem como de organizações feministas e de direitos humanos. Além disso, diversos professores e funcionários da universidade também se juntaram ao protesto, demonstrando solidariedade às vítimas e apoio à luta contra a violência sexual na academia.
Em seu discurso durante a manifestação, a presidente da AEFEUP, Maria Silva, destacou a importância de denunciar e combater o assédio sexual, que muitas vezes é minimizado ou ignorado dentro das instituições de ensino. “Não podemos mais permitir que casos de violência sexual sejam varridos para debaixo do tapete. É preciso que haja uma mudança de cultura e que os agressores sejam responsabilizados pelos seus atos”, afirmou.
A manifestação também contou com a presença de representantes da Reitoria da Universidade do Porto, que se comprometeram a tomar medidas para garantir a segurança e o bem-estar dos estudantes. Além disso, foi anunciada a criação de uma comissão para investigar as denúncias de assédio e garantir que os responsáveis sejam punidos de acordo com a lei.
O movimento contra a violência sexual na academia vem ganhando força em todo o mundo, e o protesto no Porto é mais um exemplo da mobilização dos estudantes em busca de mudanças reais e efetivas. É preciso que as instituições de ensino assumam a responsabilidade de criar um ambiente seguro e livre de violência, e que as vítimas sejam ouvidas e apoiadas em suas denúncias.
A manifestação no Porto foi um importante passo para conscientizar a comunidade acadêmica sobre a gravidade da violência sexual e exigir medidas concretas para combatê-la. Esperamos que esse movimento continue crescendo e que a luta contra o assédio na academia seja uma realidade em todas as universidades. Juntos, podemos construir um ambiente acadêmico mais justo e igualitário para todos.