A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) divulgou recentemente um relatório revelando que analisou quase seis mil processos de reclamação relacionados à prestação de serviços de saúde. De acordo com o relatório, a categoria que mais recebeu queixas foi a de restrição de acesso a consulta, com quase quatro mil casos registrados.
A ERS é uma instituição independente, criada em 2001, com o objetivo de regular, supervisionar e fiscalizar o setor da saúde em Portugal. Sua principal missão é garantir a proteção dos direitos dos cidadãos em relação aos serviços de saúde, promovendo a qualidade e a segurança no atendimento.
De acordo com o relatório, as reclamações relacionadas à restrição de acesso a consulta representam quase 70% do total de queixas analisadas pela ERS. Esse número é preocupante e reflete a dificuldade enfrentada por muitas pessoas em conseguir atendimento médico quando precisam.
Muitos pacientes relatam que passam meses na fila de espera para uma consulta, sofrendo com dores e incertezas em relação ao seu estado de saúde. Além disso, há ainda aqueles que são impedidos de marcar uma consulta por falta de vagas disponíveis ou por não terem sido encaminhados pelo seu médico de família.
Tais situações são injustas e geram grande insatisfação por parte dos cidadãos. Por isso, a ERS tem trabalhado incansavelmente para analisar cada processo de reclamação e buscar soluções para melhorar a acessibilidade aos cuidados de saúde.
Uma das medidas adotadas pela ERS foi a criação do Portal do Utente, uma plataforma digital que permite aos cidadãos agendar consultas e exames, além de possibilitar o acesso ao histórico de atendimentos e resultados de exames. Essa iniciativa tem ajudado a diminuir as filas de espera e facilitado o acesso aos serviços de saúde.
Além disso, a ERS também tem promovido ações de sensibilização junto aos prestadores de serviços de saúde, para que estes cumpram as suas obrigações e garantam o atendimento adequado aos pacientes.
No entanto, é importante ressaltar que a responsabilidade pela gestão do sistema de saúde não é apenas da ERS, mas sim de todos os envolvidos: governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde e cidadãos.
É preciso que haja um esforço conjunto para garantir um sistema de saúde eficiente, justo e acessível a todos. Afinal, a saúde é um direito fundamental de todo ser humano e deve ser tratada com a devida importância e cuidado.
Por isso, é positivo ver que a ERS está atenta às reclamações da população e buscando soluções para melhorar a qualidade dos serviços de saúde. Ainda que haja muito a ser feito, é importante reconhecer os esforços e avanços conquistados até o momento.
Com o trabalho sério e comprometido da ERS, juntamente com a colaboração de todos os envolvidos, é possível acreditar que em um futuro próximo teremos um sistema de saúde mais eficiente e acessível para todos os cidadãos portugueses.