Com a atual instabilidade econômica e política, muitos investidores têm se perguntado qual é a melhor opção para fazer seu dinheiro render. Diante desse cenário de incertezas, os fundos de investimento têm se destacado como uma alternativa viável para quem busca rentabilidade e segurança.
Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), os fundos tiveram um resgate líquido de R$ 44,1 bilhões em fevereiro de 2020. Esse é o maior valor registrado desde maio de 2019 e representa uma mudança de cenário em relação a janeiro, quando os fundos tiveram captação líquida de R$ 18,2 bilhões.
Entre as diferentes categorias de fundos, os de renda fixa foram os que apresentaram melhor desempenho em termos de rentabilidade no período. Dentro dessa classe, a subcategoria de Dívida Externa foi a que se destacou, entregando um retorno de 2,33%. Isso mostra que mesmo com a volatilidade dos mercados, é possível encontrar opções de investimentos com rendimentos atrativos e, ao mesmo tempo, seguros.
É importante destacar também o bom desempenho dos multimercados Long & Short Neutro, que renderam 1,05% em fevereiro. Essa categoria de fundo tem como objetivo buscar ganhos tanto em momentos de alta quanto de baixa no mercado, por meio de estratégias que envolvem diferentes tipos de ativos. Essa flexibilidade permite aos gestores aproveitar oportunidades em diversas situações, o que pode ser uma vantagem em tempos de instabilidade.
Em contrapartida, os fundos de ações seguiram com captação líquida negativa em fevereiro, assim como ocorreu em janeiro. Isso se deve, em grande parte, à aversão ao risco por parte dos investidores diante de incertezas quanto ao cenário econômico global. No entanto, especialistas acreditam que esse quadro tende a mudar no decorrer do ano, principalmente com o andamento das reformas estruturais no país e a melhora do ambiente de negócios.
Além disso, vale ressaltar que o resgate líquido não significa uma saída efetiva dos investimentos, mas sim uma realocação de recursos para outras modalidades de investimento. Isso mostra que os investidores estão buscando diversificar suas carteiras e aproveitar as oportunidades que o mercado oferece.
Com o aumento da taxa básica de juros (Selic) em fevereiro, de 4,5% para 4,75%, os fundos de renda fixa tornam-se ainda mais atrativos. Isso porque esses investimentos são diretamente influenciados pela Selic e, com a sua elevação, os fundos passam a oferecer retornos mais interessantes. No entanto, é sempre importante lembrar que cada investidor possui um perfil e objetivos específicos, e é fundamental entender qual é o melhor tipo de fundo para seu perfil antes de fazer qualquer aplicação.
Outro ponto que deve ser destacado é que os fundos de investimento são uma opção democrática e acessível a todos os tipos de investidores. Com investimento mínimo a partir de R$ 500, é possível ter uma carteira diversificada e contar com a expertise de gestores qualificados. Além disso, os fundos disponibilizam uma ampla gama de estratégias, permitindo ao investidor escolher qual se adequa melhor ao seu perfil e objetivo.
Em resumo, os fundos de investimento têm se mostrado uma opção atraente em tempos de instabilidade econômica e de juros baixos. Com um cenário de recuperação econômica e a perspectiva de reformas estruturais, a tendência é de que esses fundos continuem a apresentar bons resultados, ofere