Nos últimos anos, temos visto um aumento na discussão sobre desigualdades sociais em todo o mundo. E, infelizmente, isso não é um problema exclusivo de um país ou região. O Brasil, por exemplo, é um país conhecido pelas suas grandes desigualdades sociais, que afetam a vida de milhões de pessoas. E recentemente, um estudo realizado pelo Observatório das Desigualdades trouxe à tona uma realidade preocupante: as desigualdades são ainda maiores entre os jovens.
O estudo foi realizado em 2019 e analisou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Saúde. Os resultados mostraram que, apesar de as desigualdades estarem presentes em todas as faixas etárias, elas têm uma maior incidência entre os jovens, especialmente aqueles com idade entre 15 e 29 anos.
Um dos fatores que contribuem para essas desigualdades é a educação. O estudo apontou que, enquanto a taxa de analfabetismo entre as pessoas com mais de 25 anos é de 6,8%, entre os jovens é quase o dobro, chegando a 12,7%. Além disso, a proporção de jovens que não concluíram o ensino médio é maior do que a de adultos. Essa falta de acesso à educação de qualidade afeta diretamente a capacidade dos jovens de ingressarem no mercado de trabalho e conquistarem melhores oportunidades.
Outro aspecto importante é a renda. O estudo revelou que, em média, os jovens ganham cerca de 30% a menos que os adultos. Isso se deve a diversos fatores, como a falta de experiência e qualificação, o que dificulta a conquista de empregos que ofereçam melhores salários. Além disso, a precarização do mercado de trabalho e a alta taxa de desemprego também afetam diretamente os jovens.
Além disso, a pesquisa também mostrou que os jovens são mais afetados pela violência e pela falta de acesso a serviços básicos, como saúde e saneamento. No Brasil, por exemplo, a taxa de homicídios entre os jovens é três vezes maior do que entre os adultos, segundo dados do Atlas da Violência, divulgado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Todos esses fatores contribuem para que os jovens enfrentem uma desigualdade de oportunidades muito maior do que os adultos. E essa realidade tem impactos significativos em suas vidas. Além de afetar o presente, essas desigualdades podem comprometer o futuro desses jovens, limitando suas possibilidades de crescimento e desenvolvimento.
Porém, é importante ressaltar que essas desigualdades não são uma fatalidade. Elas são fruto de um sistema social que exclui e marginaliza determinados grupos da população. E, para combatê-las, é necessário que sejam implementadas políticas públicas efetivas, que promovam a igualdade de oportunidades e a inclusão social.
É fundamental que haja investimentos na educação, para garantir o acesso universal à educação de qualidade, desde a educação básica até o ensino superior. Além disso, é preciso que sejam criadas políticas de incentivo ao primeiro emprego e de qualificação profissional para os jovens, de forma a prepará-los para o mercado de trabalho.
Também é necessário que o Estado atue de forma efetiva na garantia da segurança e do acesso a serviços básicos, como saúde e saneamento, para que os jovens tenham uma vida digna e livre de violência.
Além disso, é importante que a sociedade como um todo se mobilize para combater essas desigualdades. A conscientização e a participação ativa da população são fundamentais para a
