O Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) é um plano ambicioso e crucial para a recuperação económica de Portugal após os impactos da pandemia de COVID-19. Com um investimento total de 16,6 biliões de euros, o PRR tem como objetivo impulsionar a economia nacional, promover a coesão social e fortalecer a sustentabilidade ambiental do país. No entanto, uma questão tem vindo a preocupar muitas instituições: o reembolso do IVA em obras financiadas pelo PRR.
Esta é uma situação que tem vindo a arrastar-se, pressionando a tesouraria de muitas instituições que estão a realizar obras com financiamento do PRR. O problema reside no atraso do Estado em reembolsar o IVA destas obras, o que tem impacto direto na capacidade financeira das empresas e entidades envolvidas, bem como na execução dos projetos em curso.
É importante destacar que o IVA é um imposto que incide sobre o consumo de bens e serviços e é pago pelas empresas e entidades no momento da compra. No entanto, estas empresas e entidades têm direito a reaver o valor do IVA pago nas suas transações comerciais. No caso das obras financiadas pelo PRR, o Estado é responsável por reembolsar o IVA às instituições, de forma a garantir que estas não tenham prejuízo financeiro com a realização das obras.
No entanto, apesar da importância deste reembolso, muitas empresas e entidades têm relatado atrasos significativos no seu pagamento. Este cenário torna-se ainda mais preocupante quando se trata de pequenas e médias empresas, que dependem deste valor para manter a sua tesouraria em equilíbrio e garantir a continuidade das suas atividades.
Esta situação tem gerado uma grande pressão sobre a tesouraria das instituições, que se veem obrigadas a recorrer a financiamento externo para conseguir suportar os custos das obras. Este cenário, por sua vez, acaba por atrasar a execução dos projetos e, consequentemente, atrasar a sua contribuição para a recuperação económica do país.
É importante salientar que este problema não é novo e tem vindo a ser denunciado por diversas instituições. Os atrasos no reembolso do IVA já eram uma realidade antes do PRR, mas a situação agravou-se com o aumento dos investimentos deste programa. Esta é uma questão que exige uma resposta urgente por parte do Estado, pois afeta diretamente a capacidade das empresas e entidades em dar continuidade às obras e contribuir para a recuperação económica nacional.
Além disso, é importante lembrar que o financiamento do PRR é concedido através de empréstimos, o que significa que as instituições estão a assumir um compromisso de devolver o valor do investimento ao Estado. No entanto, com os atrasos no reembolso do IVA, estas instituições acabam por ficar com um encargo financeiro ainda maior, uma vez que têm de pagar juros sobre o montante emprestado enquanto não recebem o reembolso do IVA.
Num momento em que a economia precisa de um impulso para recuperar dos impactos da pandemia, é fundamental que o Estado assuma a sua responsabilidade e garanta o pagamento atempado do IVA às empresas e entidades envolvidas nas obras financiadas pelo PRR. É também importante que sejam encontradas soluções que agilizem o processo de reembolso, de forma a evitar atrasos e prejuízos para as instituições.
É essencial que este problema seja resolvido o mais rapidamente possível, pois além de afetar a tesouraria das empresas e entidades, também tem impacto na criação de emp